O destino jaz sepulto
Compactado em espaço térreo,
Na ânsia de um abraço de vulto
Envia um mensageiro aéreo.
É a morte anunciada
Que paira no universo,
Em pacto de silêncio, calada,
Na melhor ode esfaqueia o verso.
A desejar o momento oportuno
Sangra a sombra natural,
O punhal de gatuno
Na nova mansão universal.
A urna fechada, o corpo frio
Em reflexão permanente,
A alma a marulhar no rio
E a desaguar na corrente quente.