Disse ao meu coração: Olha por quantos
Caminhos vãos andámos! Considera
Agora, desta altura, fria e austera,
Os ermos que regaram nossos prantos... 

Pó e cinzas, onde houve flor e encantos!
E a noite, onde foi luz a Primavera!
Olha a teus pés o mundo e desespera,
Semeador de sombras e quebrantos! 

Porém o coração, feito valente
Na escola da tortura repetida,
E no uso do pensar tornado crente, 

Respondeu: Desta altura vejo o Amor!
Viver não foi em vão, se isto é vida,
Nem foi demais o desengano e a dor.

• Tu, que dormes, espírito sereno
• Meus dias vão correndo vagarosos
• Os que amei, onde estão? Idos, dispersos
• Junto do mar, que erguia gravemente
• Razão, irmã do Amor e da Justiça
• Aquela, que eu adoro, não é feita
• Quando nós vamos ambos, de mãos dadas
• Noite, irmã da Razão e irmã da Morte
• Esse negro corcel, cujas passadas
• No meu sonho desfilam as visões
• Noite, vão para ti meus pensamentos
• Entre os filhos, dum século maldito
• Sonho que sou um cavaleiro andante
• Disse ao meu coração: Olha por quantos